Hoje, busca-se dedicar o mesmo tempo de aprendizagem tanto para a expressão oral quanto para escrita, como meio de inserção do jovem na sociedade. Para revigorar a língua escrita, é preciso inserir-lhe os elementos vivos da língua falada, através da prática de uma leitura constante.
Usar bem a língua não significa necessariamente falar e escrever de modo correto, mas de modo adequado à circunstância. A principal preocupação não deve ser a de seguir as regras, mas a de usar a linguagem adequada à situação e ao objetivo em mente.
Não se pode afirmar que falar e escrever bem para a sociedade é o mais importante, e sim , a questão da adequação vocabular, ou seja, a utilização do registro (fala) no momento certo. Reconhecer a importância do padrão culto não significa banir para sempre o falar espontâneo do dia-a-dia. Tudo tem a sua hora e lugar.
Então, a leitura passa a ter um papel efetivo nessa questão, pois ao adquirir a prática de ler textos variados, desde simples revistas em quadrinhos, o jornal cotidiano ou um conto de Machado de Assis, você passa de um simples "leitor-observador" para um "leitor-conhecedor". E isso ajudará muito no que diz respeito ao seu conhecimento oral e escrito, pois a leitura não só dá "asas à imaginação": ela faz você interagir socialmente, ativando os seus mais variados conhecimentos, desde o cultural ao lingüístico.
É importante ressaltar que, qualquer que seja o ramo da atividade, o profissional sabe que o êxito dele depende, além dos conhecimentos próprios da área, de sua habilidade na leitura, que resultará em competência quanto ao manejo da língua. Enfim, todo saber é adquirido e transmitido através desse instrumento primordial da comunicação humana na qual a leitura é uma das protagonistas.
Desta forma, para o nosso jovem, que vem em processo de formação constante, é papel primordial do educador e também dos responsáveis, criar interesses, orientar esforços e apontar caminhos em relação à prática de leitura, construindo-o como pessoa e cidadão esclarecido, crítico e exigente em relação à sociedade em que quer viver. Como diz Paulo Freire (p. 15, 1996): "Homens e mulheres são seres éticos, capazes de intervir no mundo, de comparar, de ajuizar, de decidir, de romper, de escolher, capazes de grandes ações...".
Nenhum comentário:
Postar um comentário